Olá!
Queremos te dar as boas-vindas ao Humora Reports, a newsletter mensal que promete te proporcionar uma dose de alto astral com informação de qualidade e referências legais do mundo da cannabis e do bem-estar.
A Humora nasceu para dar um boost na sua saúde e promover o bom humor através da cannabis medicinal. Afinal, o mundo está precisando, não é mesmo?
Essa é a nossa primeira edição e estamos felizes demais em começar essa jornada com você. Esperamos que a gente possa co-construir novas perspectivas sobre o tema :)
Nesta edição você vai encontrar: dá pra ser feliz entre tanta correria? Como podemos olhar pra natureza além do que a gente imagina sobre ela? No final, indicamos referências para consumir devagarinho.
Sinta-se livre para responder esse email com críticas, sugestões ou mesmo um oi.
Bora lá?
Com certeza você já sentiu o quanto a nossa vida está numa correria danada e tem cada vez mais gente ansiosa, com insônia, burnout ou simplesmente pifada.
Não é coisa da sua cabeça e os dados não mentem: segundo a OMS, mais de 11 milhões de pessoas têm depressão no Brasil (quase 6% do país) e mais de 18 milhões têm transtornos de ansiedade. Socorro!
Sim, esse mundo está ligado no 220 e cada um correndo para sobreviver como dá.
Onde cabe o bom-humor, a alegria de viver e a vontade de explorar e criar possibilidades?
Aqui a gente não está falando em fingir que problemas não existem e fugir pra positividade tóxica, mas o contrário: é sobre acolher as nossas tretas, entendendo que não existe emoção “ruim”, e, dessa forma, reconectar com aquele prazer de se estar vivo/a.
Mas aí bate aquela sensação estranha: tá permitido ser feliz em um mundo com tanta desgraça?
Muitas vezes fica difícil a gente enxergar o lado bom da vida enquanto lidamos com injustiças e sofrimento, e mesmo quando nos sentimos bem, temos vergonha e medo de sermos pessoas inadequadas e sem empatia.
Não existe saída individual para questões sistêmicas, mas se a gente não está bem, não vai ter como ajudar os outros e o mundo.
Cuidar de si é importante e podemos melhorar um pouco nossa existência por aqui com uma série de bons hábitos: fazer terapia, comer com equilíbrio, regular o sono, movimentar o corpo, cultivar as nossas relações, se conectar com o mundo no qual a gente vive.
Inclusive, muitos pensadores e pensadoras já afirmaram que a origem da nossa sensação de falta de sentido e infelicidade vem, dentre outros fatores, da nossa desconexão com a natureza.
“Ah, vai dizer então que eu preciso abraçar árvore agora?”
Espera, não é o clichê hippie (embora a gente goste dos hippies e também de dar afago em árvore).
Mas estamos falando sobre uma mentalidade que herdamos de séculos de história: colonização, separação corpo-mente, ideal de “vencedores” e exploração da natureza, no qual acreditamos que os “homens” são superiores a todos os outros seres.
Bom, o resultado a gente vê por aí - colapso climático, desequilíbrio nos ecossistemas, a gente bebendo microplástico e muita desigualdade a olhos vistos.
E onde entra a cannabis nessa história?
A cannabis de certa forma já faz parte de você.
Vem com a gente para entender mais.
Primeiro, é necessário levar em consideração que essa planta é utilizada há mais de 12 mil anos, em diferentes povos, com diferentes funções. Seu uso medicinal é feito há cerca de 4 mil anos (!).
Segundo um estudo publicado em 2019 pela revista Science Advances, pesquisadores encontraram vestígios de seu uso na China e, em outros locais da Ásia, existem indícios da domesticação do cânhamo há mais de 3.500 anos.
Aqui no Brasil, as primeiras sementes chegaram através das pessoas negras escravizadas, já que o uso coletivo era feito em diversas etnias africanas, com o cunho medicinal como também em rituais sagrados. Ou seja, a cannabis entra na história como algo que nos conecta com a natureza e também com o sentido da vida.
Então a gente se liga que usar recursos externos para melhorar o nosso bem-estar, criatividade e conexão com o todo existe bem antes dos amantes da cannabis da cultura pop e do proibicionismo que conhecemos por aqui desde que nascemos.
Dentro de nosso corpo existe um sistema, o endocanabinóide, que possui enzimas e receptores que atuam no nosso sistema nervoso (aquele que regula sono, humor, memória, apetite, etc) e por sua vez, esse sistema que reage quando colocamos cannabis dentro do nosso corpo. Então isso leva a maconha para outro nível.
Então quando estamos falando em uma reconexão com a natureza, estamos falando em uma conexão com nós mesmos/as se entendendo como parte da natureza, e não acima dela.
E isso não é papinho de gente chapada não. Tem muita gente séria falando sobre o assunto :)
No livro do pesquisador, professor e neurocientista norte-americano Carl Hart, um dos maiores estudiosos do assunto, faz um relato corajoso, interpretado por muita gente como um estímulo ao uso de drogas, mas o que ele propõe é desmontar mitos e fake news, combatendo o moralismo que existe sobre o assunto com informação.
O neurocientista Sidarta Ribeiro é uma das pessoas que vem colaborando para democratizar o conhecimento sobre a cannabis, e nesse episódio do Papo de Segunda ele conversa sobre benefícios, tabus e seus impactos na sociedade.
Vamos dizer que esse reality show é bem diferenciado - a ideia é testar as habilidades de chefs em receitas que levam cannabis. Sempre três cozinheiros prepararam receitas utilizando desde flores e folhas, até outros produtos com infusão de CBD e THC. E a vontade de provar tudo?
🍀 Anvisa libera cultivo de cannabis em espaço fechado para pesquisas científicas pela 1ª vez
Por hoje é só pessoal!
Nos vemos na próxima.